Jacareienses já podem votar online nos projetos de lei da Câmara

Se você assiste a filmes, conhece pessoas, namora, informa-se, trabalha e até paga contas pela internet, por que não se envolver politicamente também? Essa é a ideia do “Vota Cidadão” que, desde o início de agosto, já é praticada diretamente no site da Câmara Municipal pela população de Jacareí. A cidade é a primeira no País a utilizar o sistema.

Basicamente a ferramenta de interatividade funciona da seguinte maneira: todos os projetos de lei aptos a serem votados pelos vereadores estão disponibilizados e resumidos em algumas linhas no site do Legislativo. O cidadão só precisa optar pelo “sim” ou “não”, podendo também deixar um comentário. Há também a possibilidade da pessoa visualizar o projeto na íntegra. O sistema já conta com mais de 700 votos e está disponibilizado na aba “Projetos” da página inicial.

A iniciativa é do presidente da Câmara Edinho Guedes (PMDB) que, após um encontro com os vereadores da Câmara Jovem, iniciou discussão sobre a participação popular através da tecnologia.

“Cada vez mais as pessoas acompanham as sessões pela televisão e, com essa ferramenta, o cidadão pode também manifestar sua opinião de forma direta”, afirmou Edinho.

Os parlamentares já estão atentos à ferramenta virtual. Na sessão de quarta-feira (20) – quando foi aprovado o projeto de lei “Campanha da Nota Premiada” -, o Plenário demonstrou interesse na demanda da população. A proposta do prefeito Hamilton Ribeiro (PT), por exemplo, finalizou a votação com 96 votos: 77 aprovando e 19 reprovando.

Inspiração – A ferramenta de interatividade “Vota Cidadão” foi influenciada por outra, que tem a mesma finalidade, mas em nível federal; a “Vote na Web” (www.votenaweb.com.br). O site apresenta os projetos de lei que estão em discussão no Congresso, permitindo ao internauta votar favorável ou contrário a eles.

Desenvolvido em 2009 pela empresa mineira WebCitizen, o “Vota na Web” visa aumentar a politização da sociedade, oferecer uma maneira fácil de acompanhar, votar e debater sobre o trabalho dos políticos.

Por Márcio Martinele/CMJ
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