A fibromialgia é uma síndrome grave que acomete cerca de 2,5% da população brasileira. Ainda assim, ela não é reconhecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, reguladora dos planos de saúde no Brasil e, por isso, pacientes fibromiálgicos não conseguem realizar tratamento por seus convênios.
Com o objetivo de chamar a atenção dos jacareienses para o problema e esclarecer dúvidas sobre a síndrome, a Câmara Municipal de Jacareí realizou, na tarde da última quinta-feira (14), palestra sobre o tema, com a presença de José Wanderley M. Fonseca, médico da Clínica da Dor, e da fisioterapeuta Rafaela Almeida. Cerca de 50 pessoas participaram do evento, que foi aberto ao público.
A palestra foi organizada pelo vereador Arildo Batista (PT), que também é autor da lei que incluiu no calendário oficial do município o “Dia da Conscientização sobre a Fibromialgia”, a ser realizado anualmente no dia 12 de maio, quando se comemora o dia mundial da síndrome.
“Quanto mais soubermos sobre o assunto, melhor estaremos capacitados para evitá-la e tratá-la”, disse o vereador.
Esta também é a opinião do médico José Fonseca, que luta pelo reconhecimento oficial da doença pelos planos de saúde no país. “Quanto mais informações tivermos, mais chance de a doença ser reconhecida pela ANS”, defendeu.
Segundo Fonseca, a ideia é que os presentes na palestra realizada na Câmara continuem se reunindo periodicamente, a fim de criar um grupo de apoio em Jacareí sobre a Fibromialgia. “Quem sabe conseguimos nos reunir a cada três meses”, disse.
Síndrome – A síndrome Fibromialgia é uma doença comum e crônica caracterizada por dor muscular abrangente, fadiga, e múltiplos pontos sensíveis. A palavra fibromialgia vem do termo do Latim para tecido fibroso (fibro) e do Grego para músculo (myo) e dor (algia). Ela é caracterizada pelo mal funcionamento do Sistema Modulador da Dor existente no cérebro, o que ocasiona uma maior sensibilidade à dor.
A fibromialgia atinge cerca de 2,5% da população em geral acima dos 20 anos, sendo a faixa etária entre 35 e 54 anos a mais acometida. O sexo feminino é o mais atingido, com 70% dos casos relatados. A doença causa alterações no sono, dores difusas pelo corpo, cansaço extremo e dificuldade de concentração.