Elisete Sgorlon, ex-superintendente da Santa Casa de Misericórdia de Jacareí, é a convidada do programa ‘Gente em Destaque’, da TV Câmara Jacareí, deste domingo (23), às 21 horas. Ela desempenhou a função até meados de 2022, quando se aposentou do cargo no mesmo dia em que recebeu do Poder Legislativo Municipal o Título de Cidadã Jacareiense pelos seus serviços prestados.
“A minha estada lá no hospital foi de bastante proveito. A gente conseguiu implantar muita coisa para modernizar o atendimento, o conforto do acompanhante do paciente, a estrutura física do local. É claro que isso gerou ruídos, reclamações, porque alguns funcionários da Santa Casa estavam, digamos, ‘acostumados’ a fazer serviços ruins. Tive de ser dura em determinados momentos. Lidar com pessoas é uma arte que só se aprende na prática. Havia funcionários que tinham medo de mim, veja você”, lembrou.
A entrevistada recordou também a infância. “Meu pai era muito conservador. Tinha um pensamento pra lá de antigo, todo errado. Um exemplo disso era que ele não queria de jeito nenhum que as filhas estudassem. Era só o básico, sem faculdade etc. O desejo dele era ver as filhas trabalhando e casadas. E assim foi. Mas como a nossa casa ficava perto de uma escola, vi que podia dar uma escapadinha e comecei a estudar. ”
Após se casar, se muda com o marido a São José do Rio Preto, onde inicia a trajetória em administrar e gerenciar hospitais. Ao tomar gosto pela atividade, Elisete se empenha em se aprimorar mais no assunto e alguns anos mais tarde surge o convite para ela vir trabalhar em São José dos Campos. Em Jacareí, passou durante pouco tempo no Hospital São Francisco. O seu desejo, porém, era estar no poder público para ajudar os carentes.
“A população de Jacareí deve saber, até mais do que eu, das inúmeras queixas que havia antigamente sobre a Santa Casa. A intervenção [quando, em 2003, o então prefeito Marco Aurélio de Souza, PT, decidiu colocar a prefeitura para tomar conta do hospital, ao invés da Irmandade] é boa ou ruim? Fez bem ou mal à Santa Casa? Tem que acabar ou não? Tudo isso acontecia enquanto nós administrávamos o lugar. Foi difícil as pessoas se adaptarem às alterações que queríamos aplicar. Mas, no fim, deu tudo certo. ”
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