O programa ‘Gente em Destaque’, da TV Câmara Jacareí, recebe neste domingo (19), 21h, de forma virtual, um ‘campeão de bilheteria’: o roteirista Paulo Cursino. Os filmes cujos scripts foram redigidos por ele estão entre os que levaram mais público no Brasil nos últimos 15 anos – cerca de 4O milhões de pessoas.
Títulos como ‘De Pernas para o Ar’ 1, 2 e 3 (2010, 2012, 2019), ‘Até que a Sorte nos Separe’ 1, 2 e 3 (2012, 2013, 2015) e ‘Um Suburbano Sortudo’ (2016) são dele. No bate-papo, falou sobre suas origens. Nascido em Taubaté, passou a infância entre a terra natal, Jacareí e São José dos Campos. “Cresci no Vale do Paraíba, o que me dá um baita orgulho. Já faz tempo que moro no Rio de Janeiro, por causa do trabalho. Sinto saudades do Vale”, disse.
Paulo só descobriu o que queria fazer na vida depois dos 25 anos. A família o rotulava como ‘fracassado’ e não via perspectivas para ele. Até o momento em que, em São Paulo, fez oficinas de roteiro. “Meus parentes não acreditavam que eu teria um futuro bom. Achavam que eu era um vagabundo, que andava aqui e ali. Na verdade, era mesmo, faço justiça a eles. Estavam certos. Pegaram no meu pé porque gostavam de mim e queriam me ver bem, encaminhado, como diziam antigamente. Aí, na oficina, o Flávio de Sousa [responsáveis por sucessos do público infantil na TV Cultura, como ‘Mundo da Lua’ e ‘Castelo Rá-Tim-Bum’] me disse que tinha talento praquele negócio. Fui ao Rio. Noutro curso o professor falou a mesma coisa. Não tive como escapar. ”
No caminho, ficou o maior tempo de carreira na TV Globo, onde passou por vários programas e seriados, como ‘A Turma do Didi’, ‘Sai de Baixo’, ‘Sob Nova Direção’ e ‘SOS Emergência’.
Em 2009, recebeu um convite para escrever longas-metragens de comédia. ‘De Pernas para o Ar’, com Ingrid Guimarães, primeira mulher a protagonizar um filme cômico no Brasil em muitos anos, explodiu em vendas de ingressos.
“A partir daí não parei mais, emendei um atrás do outro. E vi que é o que o povo quer mais ver nos cinemas. Para mim, filme de sucesso é o que dá bilheteria. Tem muito cineasta brasileiro que faz filme para ganhar prêmio, ir para festival. De que adianta, se ninguém vai ver ou nem sabe do que se trata? Filme é feito basicamente para ser visto.”
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