O programa ‘Gente em Destaque’, da TV Câmara Jacareí, entrevista neste domingo (3), aniversário da cidade, o ex-vereador Sérgio Esper. O bate-papo vai ao ar às 21h.

Eleito pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) com 211 votos, em 1968, Esper contou como entrou para a política.

“Como eu era muito conhecido, as pessoas foram me falando para sair candidato, e fui. Mas fiquei só 3 dos 4 anos de mandato. Tive muitas decepções na vereança e comecei a não ir às sessões. Acabei cassado por isso. Naquela época era tudo muito amador: o parlamentar não tinha salário, nem carro, muito menos assessor”, disse.

De origem libanesa, de onde a família veio a Jacareí no fim do século 19, Esper, de 84 anos, lembrou a Jacareí de sua infância, na década de 1940.

“Morávamos todos na Rua Lúcio Malta. A família ficava toda ali e a maioria era comerciante. É verdade que os libaneses de nascimento se recusavam a falar o idioma da terra natal e optavam pelo português. Era questão de adotar o país que os recebeu. E 70, 80 anos atrás, era um outro mundo. Havia mais respeito pelos pais, pelos professores. ”

A família Esper deu à Câmara de Jacareí 5 vereadores: além de Sérgio, também exerceram a vereança Paulo e Pedro (ambos em 1964, como suplentes que assumiram cadeiras da eleição do ano anterior), Benedito (conhecido como ‘Epe’, em 1960, também suplente que ocupou uma vaga – disputa de 1959) e Moyses (eleito em 1955, 1959, 1972, 1976, 1982 e 1988 – no pleito de 1963 ficou na suplência, sendo empossado durante o período, e em 1968 não se candidatou para apoiar Sérgio – Moyses morreu em 1990, aos 63 anos, no 2º ano de seu 6º mandato parlamentar; o plenário da Câmara de Jacareí tem o seu nome).

Dentre as tantas histórias que recordou estão a do carro Maverick que comprou e virou ‘atração turística’ do município.

“Isso foi em 1974. Era um Maverick vermelho, lindo. Não tinha dinheiro para comprar. Aí aconteceu uma obra do acaso: ganhei numa dessas loterias da vida e consegui comprar. Parou a cidade. ”

Ele, após largar o mandato de vereador, nunca mais quis se envolver com a política, apesar de ter feito muitos amigos. “O que fica da vida são os amigos. Não tenho medo de morrer, pois é a coisa mais natural da vida. Sou um homem de muita fé. ”

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