PROJETO DE LEI

Dispõe sobre denominação da Rua Amarildo Válio Cambusano – Amaral.

 

 

 

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JACAREÍ, USANDO DAS ATRIBUIÇÕES QUE LHE SÃO CONFERIDAS POR LEI, FAZ SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL APROVOU E ELE SANCIONA E PROMULGA A SEGUINTE LEI:

 

 

 

Art. 1º       Fica denominada RUA AMARILDO VÁLIO CAMBUSANO – AMARAL a atual Rua Dezessete, localizada no Residencial Fogaça, Bairro Itapeva, e identificada pelo código 15919.

 

Art. 2º       Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

                                                   

Câmara Municipal de Jacareí, 27 de maio de 2013.

 

 

 

ROSE GASPAR

Vereadora – PT

1ª Secretária

 

 

 

EDGARD SASAKI

Vereador - DEM

 

 

 

AUTORES: VEREADORES ROSE GASPAR E EDGARD SASAKI.

Projeto de Lei - Dispõe sobre denominação da Rua Amarildo Válio Cambusano – Folha 2

 

 

JUSTIFICATIVA

 

                                                    AMARILDO VÁLIO CAMBUSANO, mais conhecido como “AMARAL, o Canhão do Cassununga”, nasceu em 3 de abril de 1963. Veio de uma família tradicional no ramo de fotografia e também do futebol, sendo filho do inesquecível “Dú Cambusano”, jogador e árbitro de futebol, e de Nely Válio Cambusano. Pertencia a uma família de oito irmãos e foi casado com Maria de Fátima Carneiro Cambusano.

                                                    Amaral nasceu para jogar bola; adorava as peladas pelos campinhos de várzea de Jacareí, principalmente no campinho do Liberdade, que ficava atrás da Santa Casa de Misericórdia, ao lado de onde hoje se encontra o “Espaço Liberdade”. Com chuva ou sol, as peladas eram sagradas e ali o Amaral foi forjado; grande porte físico e capacidade de dominar a  bola como poucos. Nasceu e cresceu no Cassununga; jogou em vários times: Schrader, Lavalpa, Campo Grande, Santa Rita, Independência, Aliança, Boa Vontade, Madrugada, Barbearia, Studio Cambusano, Boa Vontade e outros. Por diversas vezes foi artilheiro do Campeonato Amador da cidade. Disputou também, por muitos anos, o tradicional Torneio de Futsal Vicente Scherma.

                                                    Era muito requisitado para jogar nos times das fábricas de Jacareí, aliás essa era uma prática das empresas, jogador bom tinha emprego garantido. Era uma forma de manter o time mais competitivo, embora esse não fosse o seu caso, já que sempre preferiu trabalhar no Estúdio Cambusano. Até tentou trabalhar na Schrader, mas não se acostumou.

                                                    Amaral tinha um chute de esquerda que era o nocaute dos adversários; muita gente fugia das barreiras por medo de seu chute. No Vicente Scherma, Amaral protagonizou cenas hilárias, era muito engraçado. Diziam que era briguento, mas na verdade o que ele não aceitava era levar desaforo pra casa e não aceitava que ninguém mexesse com seus amigos. Numa ocasião, protagonizou uma

Projeto de Lei - Dispõe sobre denominação da Rua Amarildo Válio Cambusano – Folha 3

 

 

briga no ginásio do antigo Trianon quando, num jogo da GM, seu pai apitava a partida e um jogador ameaçou bater no Dú. O “tempo fechou”, mas no final tudo foi contornado.

                                                    Participou intensamente do time do Liberdade, que era formado por grandes amigos seus, entre eles, Índio, Zé Maurício, Zequinha da Tostines, Manchinha, etc. Os anos 80 foram o ápice tanto para Amaral como para o Liberdade/Babylândia na disputa do Torneio Vicente Scherma, time que, além de Amaral, contava com Gamelinha (Neivaldo), Fio, Giba, Jura, Cláudio (JAC), Jaime (JAC), Marcão Badeco, Paulino Peru, Ronaldo Lélis, Jaimão Cuba, etc., nomes consagrados do esporte jacareiense. O técnico era Paulinho Brucutu.

                                                    Amaral teve um sério problema no joelho e, aos poucos, foi deixando de jogar bola. Em 5 de novembro de 1999, vítima de uma cirrose hepática acumulada de outros transtornos semelhantes, não mais resistiu. Faleceu aos 36 anos de idade, deixando uma legião de amigos e histórias, que só quem conviveu com ele pode confirmar. Não podemos nos esquecer de seus dribles irreverentes, de seus gols maravilhosos e do grande amigo que a todos enchia de orgulho, pelo caráter, amizade e senso de humor.

                                                    Portanto, nada mais justo que homenageá-lo, dando a uma das vias da cidade, que ele tanto amava e conhecia como poucos, o seu nome. E fica a recordação, onde havia um campinho de futebol, lá estava a presença física do Amaral.

                                                    Esperamos, pois, que a presente propositura mereça a aprovação dos nobres pares, pelo que antecipadamente agradecemos.

 

Câmara Municipal de Jacareí, 27 de maio de 2013.

 

 

 

ROSE GASPAR

Vereadora – PT

1ª Secretária

EDGARD SASAKI

Vereador - DEM